quarta-feira, 16 de março de 2011

Industrializaçao dos nascimentos

Recentemente comecei a coordenar aqui em Buenos Aires um grupo de movimento para  grávidas. Mesmo nao sendo mãe e nao planejando uma gravidez - há um tempo estou tateando as tantas esquinas deste universo. Tive a oportunidade de conhecer os livros de F. Estellitas e Michael Odent, assim como o francês Leboyer e os conhecimentos sobre parto e gravidez que adquiri durante a graduacao de fisioterapia se transformaram depois do encontro com este autores. Atualmente tenho um lindo diálogo interno com  autores sensíveis e competentes- donos de um conhecimento incrível- que se manifesta quando penso na gravidez e no parto. Um parto natural, humanizado.Seguramente o inicio de um mundo melhor.

Penso na realidade brasileira com o crescente aumento dos partos por cesareana e da qualidade do parto vaginal oferecido nos hospitais- sejam públicos ou particulares - algo bem distante do natural ou humanizado. O que antes parecia normal pra mim, hoje se faz  anti-natural  depois de conhecer outra realidade possível.
                   Parto cesáreo é mais rápido e rentável. Time is money!

Neste momento não quero mencionar as vantagens e desvantagens dos tipos de partos, mas quero registrar que muitas das motivações para a eleição da cesarea são irreais. A cesárea tem indicações precisas e  em muitas vezes salva vidas, mas o número atualmente nao condiz com a realidade da natureza.
 Vejam que interessante :
O artigo 17 da Organizaçao Mundial de Saúde contém as seguintes recomendacoes gerais: "A parturiente  não deve ser colocada na posição de litotomia( posição ginecológica ou em decúbito dorsal) durante as contrações e no decorrer do parto. Precisa-se animá-la a caminhar durante as contrações, e toda mulher deve ter a liberdade de decidir a posição que deseja assumir" 

Depois de ler isso automaticamente vem a minha memória os tantos filmes, seriado e cenas de novelas de mulheres parindo. Em que posição mesmo se colocam?   É quase cômico se não fosse trágico o absurdo da antítese do artigo 17 da OMS e a realidade brasileira vigente.

Outro dia uma amiga jovem me contava da sua experiência do parto, de ter um filho e no final ela refletiu: Na verdade nao sinto que participei, fui passiva, escolhi marcar uma cesárea e quando vi ja estava com minha filha nos braços...


Hoje vi uma entrevista de Michael Odent que comparto aqui no blog, vale à pena sem Alma Pequena. -  Em espanhol, mas sem  muito mistério, facil de entender:)





P: Cuando habla de la importancia del amor en el parto, ¿a qué se refiere?

R: El amor ya no es tema exclusivo de poetas, filósofos o novelistas. Hoy lo estudian científicos de muy diversas disciplinas y han llegado a una conclusión: la importancia que tiene todo lo que sucede en el inicio de la vida para desarrollar la capacidad de amar. Es fundamental no perturbar demasiado el parto para que madre e hijo puedan desarrollar ese amor.

P: ¿No perturbar el parto significa no medicalizarlo y humanizarlo más?

R: Más que humanizar, yo hablaría de “mamiferizar”. Para que un parto sea fácil, hay que redescubrir las necesidades básicas que compartimos con todos los mamíferos. Y todas las hembras, para segregar oxitocina, esa hormona del amor que hasta hace poco se necesitaba liberar para poder dar a luz, necesitan sentirse seguras y que su nivel de adrenalina sea muy bajo. En la selva, si una hembra está a punto de dar a luz y se da cuenta de que tiene un depredador cerca, segregará adrenalina para poder defenderse y retrasará el parto para cuando se sienta más segura. Los mamíferos necesitan sentirse seguros y no observados para dar a luz.

P: ¿Un parto con médicos, oxitocina sintética, epidural, cesárea… no es más fácil?

R: No, la epidural es un medicamento que sustituye a las endorfinas, lo mismo que la oxitocina sintética sustituye a la natural. Todos estos medicamentos hacen el papel de las hormonas que las mujeres no pueden segregar porque no se encuentran en un entorno adecuado. Hoy en día no solo no las pueden liberar las parturientas que dan a luz por cesárea, también muchas de las que tienen un parto vaginal, al usar sustitutos farmacológicos de estas hormonas del amor. El problema es que estos sustitutos no producen efectos sobre el comportamiento y alteran el curso natural del nacimiento, un momento crítico en el proceso del desarrollo de la capacidad de amar.

P: Entonces, ¿cuál es el mejor entorno?

R: Después de llevar más de medio siglo participando en nacimientos, puedo resumir mi aprendizaje en pocas palabras: un parto será más fácil y rápido cuanto más sola esté la mujer. Solo necesita una comadrona que tenga experiencia y una actitud maternal y que se mantenga en silencio. Es el mejor entorno para liberar la oxitocina, que es una hormona tímida y no aparece si hay muchos espectadores.
Autora: L. Artiz.



Para nao estender muito nesta postagem continuo em outro momento com este assunto tão rico e vivo.


Marta Couto

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